sexta-feira, 29 de abril de 2011

UM CÃO UIVANDO PARA A IMORTALIDADE

Capa do livro

Por Juvenal Azevedo (*)

Antônio Torres é um dos candidatos à vaga deixada por Moacyr Scliar na Academia Brasileira de Letras. Segundo os entendidos nos meandros da ABL, Torres é, ao lado de Nerval Pereira, um dos favoritos a envergar o fardão dos imortais.
Na minha opinião, Nerval é um jornalista sério, estudioso e competente, mas falta a ele a chamada bagagem literária. Já Antônio Torres, ademais de suas qualidades pessoais e de caráter, tem uma farta bagagem de livros escritos, publicados e aplaudidos tanto pela crítica quanto pelo público, aqui e no exterior.
Desde sua primeira obra, à qual poderíamos sem exagero classificar de obra-prima, “Um cão uivando para a Lua”, de 1972, até seu livro mais recente, “Sobre pessoas”, de 2007, Torres mostrou ser, fundamentalmente, um escritor.
Um escritor talentoso, dominador de seu ofício, como em “Os homens dos pés redondos”, “Essa terra”, “Carta ao Bispo”, “Adeus, Velho”, “Balada da infância perdida”, “Um táxi para Viena d’Áustria”, “O centro de nossas desatenções”, “O cachorro e o lobo” (que recebeu o Prêmio Hors-Concours de Romance da União Brasileira de Escritores em 1998 e foi traduzido para o francês), “O circo no Brasil”, “Meninos, eu conto” (traduzido para o espanhol na Argentina, México, Uruguai), para o francês (no Canadá e na França), para o inglês (nos Estados Unidos) e ainda para o alemão e o búlgaro, além de ser incluído na antologia dos “100 melhores contos do século”, de Ítalo Moriconi, “Meu querido canibal”, “O nobre sequestrador”, “Pelo fundo da agulha” e “Minu, o gato azul”, uma delícia de livro infantil.
E o que espero que aconteça na ABL, em junho próximo, é o reconhecimento de que aos escritores de ofício se deve abrir o reino dos céus literários. Seria também o autorreconhecimento da Academia a um escritor por ela agraciado em 2000 com o Prêmio Machado de Assis pelo conjunto da obra.
Como a vaga em questão é a de Moacyr Scliar, não custa lembrar que Torres e Scliar se conheceram pessoalmente em 1985, num circuito de palestras pela Alemanha, sendo que foi numa viagem de trem de Colônia para Bielefeld que a amizade se consolidou. Segundo Torres, “fomos só nós dois no trem”. E acrescenta: “Já havíamos conversado em Frankfurt, mas foi tudo muito rápido. Depois daquela viagem para Bielefeld, ficamos amigos para sempre. No Brasil, costumávamos frequentar a casa um do outro entre o Rio e Porto Alegre. E o maior presente que ele me deixou foi seu artigo com o título “Meu querido Antônio Torres”, quando do lançamento do livro “Meu querido canibal”.
Bem. Desconhecedor dos rituais e cânones da Academia Brasileira de Letras, não sei se ao escrever este artigo estarei colaborando ou não para incrementar a candidatura de Torres à imortalidade, de vez que, se consultado fosse, meu amigo quase milenar Antônio Torres, por seu caráter e modéstia que beira a humildade, me impediria de fazer esta declaração pública de amizade e admiração por suas qualidades, tanto pessoais quanto literárias.
Que o Torres e, principalmente, os membros imortais da Academia me perdoem, mas em certas ocasiões calar seria, isso sim, inoportuno. Avante, imortais, façam justiça. Deem a Antônio Torres a cadeira de Moacyr Scliar que, certamente, onde quer que esteja, terá sua aprovação.

(*) Juvenal Azevedo é jornalista desde 1962. Disponível em: http://www.difundir.com.br/site/c_mostra_release.php?emp=1098&num_release=41274&ori=I

quarta-feira, 27 de abril de 2011

MINHA HUMILDE HOMENAGEM

Tio Tote, Atala e Luana

Meu sogro diria que se fosse a uma mulher, seria MULHERNAGEM.

Meu querido tio Tote (Antonio Torres), está concorrendo à cadeira 31 da Academia Brasileira de Letras.

Considero a indicação de seu nome como um grande e merecido reconhecimento por sua obra.  A sua história de vida, por si só, serve como incentivo a qualquer Ser Humano (com letras maiúsculas, dada a importância de cada indivíduo).
Tio, para mim a sua obra há muito tempo já é imortal! E denuncia o ser sensível e belo que você é.
Tenho um amigo, JT, que diz:
- Toda obra denuncia o seu autor.
Concordo inteiramente com ele. Afinal, através da criação se conhece o criador.
Sendo assim, segue uma brincadeira que fiz para você:

CABOCLO 70

Vi "Um cão uivando para a lua", bem próximo a um "Homem dos pés redondos". Por um instante pensei:
- Coisas d"Essa Terra"!
Decidi escrever uma "Carta ao Bispo" contando o acontecido. Em seguida, dei "Adeus, velho" e continuei a percorrer o meu caminho, saudosa, como numa "Balada da infância perdida".
Peguei "Um táxi para Viena dÁustria" percorrendo os misteriosos lugares n"O centro das nossas desatenções".
Voltando a realidade nua e crua, retorno a"O circo no Brasil", cujo principal artista é "Milu, o gato azul".
Refletindo "Sobre pessoas", "O cachorro e o lobo", concluo:
- "Meninos, eu conto". Conto sobre "O nobre sequestrador" que passou "Pelo fundo da agulha" e conheceu "Meu querido canibal", lá pras bandas do velho Junco.
Agora, posso asseverar a todos vocês: conheci um CHEVALIER DES ARTS ET DES LETTRES chamado Antonio Torres, CABOCLO 70, como dizia meu velho avô Irineu:

- Totinho de Irineu, Rio de Janeiro! Rio de Janeiro, oi, Rio de Janeiro ai!... Caboclo 70!

Adeus, velho Irineu! Que lá do céu canta aboios para os pastores e alegra as anjinhas belas com suas modinhas...

Até breve, tio Tote! Que brinca com as letras e palavras encantando a vida da gente sofrida da nossa Terra, o Junco (Sátiro Dias).
Para quem ainda não conhece, as frases escritas entre aspas são títulos de livros escritos por tio Tote. Para saber mais acessem http://www.antoniotorres.com.br/

quinta-feira, 21 de abril de 2011

O QUANTO DE ÍNDIO HÁ EM VOCÊ


     Entrei no site, respondi algumas perguntas e... pimba! Sou índia, com muito orgulho!
     Foi esse o resultado.
     Segundo Luís Ramos, um amigo educador e artista plástico, sou descendente de índios, e sei disso há muito tempo.
     Além de nascer no campo e de ter uma infância bem próxima da natureza, conservo alguns hábitos simples, como caminhar descalça, sentir o perfume do alecrim, contemplar o orvalho das plantas numa manhã de inverno, acordar cedo, comer cuscuz de milho, ver o sol nascer, tomar banho de rio... Isso me faz bem!
    Não tenho pele vermelha, mas sei que trago no sangue a mistura genética dos índios, brancos e negros que povoaram a terra "Brasilis", muito antes dessa minha efêmera existência.
    Salve o povo nativo desta terra! Salve os nossos ancestrais! Salve a nossa cultura! Caldeirão de misturas que temperam o nosso DNA.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

DIA MUNDIAL DO LIVRO

    

     Comemorado no dia 23 de abril, o DIA MUNDIAL DO LIVRO nos lembra a importância da leitura e da escrita no processo de evolução do Ser Humano. Este dia serve também para incentivar o hábito da leitura, tão essencial na aquisição de novos conhecimentos.
     O conhecimento é a única herança que podemos deixar de legado para os nossos filhos, que ninguém poderá roubar. Ninguém vive sem o conhecimento, e os livros são alguns dos recursos para a sua aquisição.
     O DIA MUNDIAL DO LIVRO serve como pretexto para o meu saudosismo de leitora compulsiva, que desde a mais tenra idade delicia-se com o mundo encantado das palavras.
     Lembro das primeiras letras, sílabas e palavras aprendidas nas antigas cartilhas, dos primeiros textos lidos repetidamente nos livros didáticos, das primeiras poesias de Cecília Meireles - OU ISTO OU AQUILO - do livro que meu tio Décio me trouxe aos 8 anos, e de O PEQUENO PRÍNCIPE, e outros tantos que vieram depois.
     Meus tios plantaram em mim as sementes da literatura e da música... Tio Tote, Tom, Décio, Nen... sem falar em meus pais e as músicas de trabalho, as toadas, músicas caipiras e aboios... meu avô Irineu e as suas cantigas quando via uma mulher bonita:
     - Mulher nova, bonita e carinhosa, faz um homem gemer sem sentir dor.
     - Acorda Maria bonita, acorda vem fazer o café [...].
     Meu tio Tote e os seus livros que contam as histórias da nossa gente de um jeito tão bonito, que a ficção confunde-se com a realidade! Meu primo Luizinho (Luiz Eudes), e seus causos... Êta! Povo arretado!
     Escritores do cotidiano, cantadores do dia a dia.
     E assim, surge o meu gosto de ler e a vontade de brincar de escrever.   

sexta-feira, 1 de abril de 2011

I CONGRESSO DE EDUCAÇÃO, INCLUSÃO E PSICOPEDAGOGIA

Amigos,

Como coordenadora do Centro de Investigações e Estudos Neofilosóficos de Ciências Avançadas - Projeto C.I.E.N.CI.A., participarei do Congresso que ocorrerá nos dias 09, 10 e 11 de maio, na cidade de Ilhéus, Sul da Bahia.

Na oportunidade, apresentarei uma prática de educação transdisciplinar e inclusiva vivenciada no Projeto C.I.E.N.CI.A. da Escola Ananda, na qual atuo desde 1996.

Confiram a programação abaixo.




 Para ler a programação, click sobre o folder.

Divulgação disponível em http://www.omarcodanovahumanidade.blogspot.com/ e no site oficial do evento http://www.nippbahia.com.br/