Fevereiro de 2010. Final de férias, período de Carnaval...
Como bons viajantes, aventureiros por natureza, decidimos ir até Aracajú visitar alguns parentes e amigos. Era início de um dia ensolarado na capital da Bahia. Buscando novas experiências, resolvemos mudar o caminho e fazer a travessia de balsa entre Terra Caída e Estância. Uma escolha acertada! Visual maravilhoso, apesar da chuva torrencial do início da travessia, em Sergipe.
Fazia tanto frio, que o manobrista da balsa resolveu dançar na chuva para se aquecer!
Fotos de Ana Lúcia Cruz - tirada de dentro do carro (na balsa) |
Mangue Seco vista da balsa |
Chegando em Estância-SE, pegamos outra balsa para a Praia do Mosqueiro. Neste instante o sol aparecia, ainda tímido, para nos homenagear! Apesar da longa espera na fila, a travessia foi bem rápida, apenas 10 minutos.
Na fila esperando a balsa e aproveitando o visual |
Na ocasião estavam construindo uma ponte que fará a travessia, embora eu prefira a emoção da balsa. Acredito que da próxima vez, poderemos atravessar pela ponte para experimentar algo novo, como sempre fazemos.
Chegamos em Aracajú!
Aracajú |
A fome aperta e resolvemos ir almoçar no Shopping Center mais próximo. Encontramos um restaurante oriental muito legal! A comida boa, barata e as funcionárias muito simpáticas! Gostamos de natureza, comida simples, pé no chão, mas... às vezes uma comidinha diferente cai bem!
Restaurante Shau Shau |
Como todo bom aventureiro, tenho uma história pra contar sobre este lugar... minha filha mais nova comeu um sanduiche de queijo na estrada e passou mal... vomitou ali mesmo, na mesa do restaurante!!! O pessoal da limpeza, discretamente, veio limpar, e tudo ficou bem! Fizemos uma quentinha para ela comer depois e seguimos para a casa de Tia Ana Maria , irmã de minha mãe, em São Cristóvão, região metropolitana de Aracajú.
Foto tirada por minha filha Atala - roseira de Tia Ana Maria |
São Cristóvão é uma cidade histórica muito importante na História do Brasil. Foi a primeira capital de Sergipe até março de 1855 e tem o título de quarta cidade mais antiga do Brasil. Considerada Monumento Nacional, a cidade preserva da época colonial, prédios históricos e tradições culturais. Foi tombada pelo IPHAN como Patrimônio Arqueológico, Etnográfico, Paisagistíco e Histórico da Humanidade.
São Cristóvão |
Aracajú faz parte de nossas aventuras devido a localização, servindo de ponto de apoio. Além das pessoas queridas que vivem lá. Á noite, o programa é certo: comer pastel com caldo de cana (garapa) na orla e apreciar as belezas do lugar.
Ponte Construtor João Alves |
Para não perder o costume, meu marido teve a brilhante ideia: "Ana, vamos visitar seu tio Tom em Macéió?" e eu, como sempre, consultei as companheiras de viagem, Luana e Atala, e aceitamos a sugestão! Seguimos viagem logo cedo, embaixo de muita chuva, a caminho de Neópolis-Se, para fazermos a travessia do Rio São Francisco para Penedo-Al. Maceió é um paraíso! Sempre que podemos, aparecemos por lá. Até mesmo porque, nossos anfitriões, meu tio Tom, sua esposa - poetisa - Edna e meu primo Vini, são pessoas da melhor qualidade!
Só na minha família mesmo para termos o privilégio de convivermos com Tom e Vinícius (tio e primo)!
Só na minha família mesmo para termos o privilégio de convivermos com Tom e Vinícius (tio e primo)!
Estrada para Neópolis-SE |
Foto tirada por mim da balsa |
Um navegante solitário contempla as águas turvas do São Francisco. Talvez busque preencher o vazio de sua vida dura e simples, esquecer-se dos problemas, das contas, da mulher, dos filhos, dos peixes que ainda não pescou...
O navegante segue sua rota, sendo observado de longe, por uma família que muitas vezes, é tão semelhante a sua.
Penedo vista da balsa |
Praia do Gunga |
Na Praia do Gunga paramos para esticar o corpo e, mais uma vez, apreciar o visual daquela enorme fazenda de coqueiros rendendo-se aos encantos do mar.
Seguindo em frente, paramos em Marechal Deodoro, na Praia do Francês. Uma praia linda! Muito sol, mar, camarão pistola... Huummm! Encantos de Alagoas.
Praia do Francês |
Meu tio Tom estava em Salvador. E nós, decidimos esticar a viagem até Maragogi, a última cidade litorânea do estado de Alagoas. Fizemos esse mesmo percurso em 2007 e já sabíamos aonde ir, a quem procurar, onde dormir. Só esquecemos de um detalhe... era carnaval e todas as pousadas e hotéis estavam lotados...
Maceió |
Antes de chegar a Maragogi passamos um perrengue danado! Caiu uma chuva da pesada! Muita chuva, um dilúvio! Com visibilidade zero e muita fome, resolvi pedir ajuda a aquele que nunca nos decepciona: "Oh, Deus! Por favor nos mande um restaurante!"
Por incrível que pareça, foi só dobrar a curva... apareceu como que um milagre, um restaurante "Bom Jesus". Acreditem!
Só esqueci outro precioso detalhe: não mencionei a Deus a qualidade do restaurante que queria! Ninguém merece!
Macarrão mais unido do que gêmeos xipófagos, frango frito duro, purê de batatas tão duro quanto massa de pedreiro... um horror! Até o aspecto do restaurante era de matar! Pra começar, uma cabeça de boi enfeitava a parede como um troféu... o banheiro sem água... só a coca cola tinha aquele reconhecível gosto de algo que se toma quando a qualidade da comida é duvidosa!
Neste caso, a coca cola teve uma outra finalidade também. Del prendeu o dedo na porta do carro e usamos a coca gelada para anestesiá-lo.
Seguimos para Maragogi aproveitando que a chuva deu uma trégua.
Maragogi |
Depois de procurar muito um lugar para dormir... sem sucesso... finalmente encontramos um chalé "Chalés Dourado", longe do centro de Maragogi. Olha, cheguei a conclusão de que somos merecedores de boas aventuras. Encontramos um lugar muito legal e com um precinho camarada. Tudo que um viajante quer, não é?
Depois de um banho de mar, voltamos ao centro de Maragogi para comprar nosso jantar e o café da manhã para o dia seguinte, pois, iríamos seguir viagem muito cedo e o café do chalé só começa às 7:30. Agora seguiríamos até Natal, capital do Rio Grande do Norte, para visitar nosso compadre Maurício Negreiros, um carioca que mora lá.
Esta foto foi tirada por Deraldo |
Fotos minhas |
A famíla no mar |
"E se quiser saber pra onde eu vou, pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou...
E se quiser saber pra onde eu vou, pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou..."
E se quiser saber pra onde eu vou, pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou..."
Chegamos a Recife, e como das outras vezes, ninguém quis parar...
Na primeira viagem que fizemos ao litoral nordestino, partindo de Salvador (onde moramos), almoçamos em Olinda e seguimos para João Pessoa. Ficamos em Cabedelo, região metropolitana. Visitamos a Praia do Jacaré, o extremo oriente das américas, etc. Adoramos o lugar, as pessoas, a beleza natural e o preço das coisas.
Gente, como Salvador tem preços altos!
Desta vez, paramos em um shopping em João Pessoa, almoçamos na Cabana do Possidônio e seguimos viagem.
O shopping é bem agradável! E o restaurante também. A comida deliciosa! Lá tem um salmão fantástico!
Fotos de Deraldo Portella |
Finalmente chegamos a Natal, capital do Rio Grande do Norte, no sábado de Carnaval.
Fomos muito bem recebidos por nosso compadre Maurício Negreiros, o carioca.
À tardinha, fomos conhecer o carnaval de Ponta Negra, bairro onde Maurício mora, com seu filho Gabriel. Foi uma experiência maravilhosa!
Foto minha |
Fotos de Del |
Festa bem familiar: bandinhas de frevo, blocos de mascarados, muita animação e tranquilidade.
Fiquei surpresa com a educação das pessoas... em pleno carnaval, não se via uma lata ou copo descartável no chão. Tudo limpinho! Nada de cheiro de xixi!
No domingo, água, céu e mar... que delícia!
Praia de Ponta Negra ao lado do Morro do Careca |
Fizemos a travessia da ponte sobre o Rio Potengi, que liga Natal a Redinha, indo para Jenipabu. Da outra vez que estivemos lá atravessamos de balsa, pois a ponte ainda não estava pronta.
Fotos tiradas por mim de dentro do carro |
Os moradores e até mesmo a imprensa local costuma escrever Genipabu, embora a Academia Brasileira de Letras oriente que palavras de origem indígena devem ser escritas com "J". Jenipabu vem do Tupy "Jenipa-bu", local onde se encontra jenipapo.
Outra curiosidade sobre a cidade é que, apesar de fazer parte dos roteiros turísticos de Natal, Jenipabu é município de Extremoz, que faz divisa ao norte com a capital do estado.
Como boa educadora, interesso-me prontamente por conhecer o "Aquário de Natal"., na divisa entre a capital e Extremoz. O aquário é de propriedade privada, contém cerca de 6o espécies de animais diferentes.
Uma boa pedida!
Na Praia de Jenipabu, paramos na "Barraca do Gordo" para almoçar. Comemos uma peixada deliciosa! A comida tem como principal ingrediente o leite de coco. Aqui eles não usam azeite de dendê, como estamos acostumados na Bahia.
O gordo, que nem é tão gordo, serve um suco de acerola "dos deuses"!
Acabamos ficando por aqui o resto do dia.
Fotos minhas |
Foto de Deraldo Portella |
Foto de Deraldo (meu esposo) |
Foto de Deraldo |
Foto de Deraldo |
Foto de Deraldo |
Foto minha |
À noite fomos curtir o carnaval mais uma vez.
No dia seguinte, segunda-feira de Carnaval, fomos conhecer um balneário incrível! Balneário do Chico. Muitas árvores, plantas, animais, água limpa... e muita comida boa!
Fotos minhas |
À noite, fomos conhecer um restaurante que serve rodízio de camarão, a Barraca do Caranguejo, huummmm!
Além de provar diversos tipos de receitas de camarão (ao alho e olho, ao molho de ervas finas, bobó, dentre outros), curtimos um grupo de danças tradicionais nordestinas e conhecemos um pouco mais da nossa cultura, que é tão bela e rica.
Fotos minhas |
Xaxado |
Lambada |
Carimbó |
Zé do Coco - Cordelista |
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