quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

QUE FORA!

Ela chegou de repente e encontrou a sala lotada. Olhou em volta, nenhum lugar para sentar.
Olhei surpresa para todos ali e pensei: - Vou ceder o meu lugar, pois, se estivesse em seu lugar, gostaria que fizessem o mesmo!
Levantei e fiz um sinal com a cabeça convidando-a a sentar. Ela agradeceu e respondeu que não seria necessário, que estava bem.
Tentei puxar conversa e perguntei algumas futilidades, e ela, sorrindo respondeu sem compreender o meu súbito interesse em conversar. Entre pausas e sorrisos amarelados perguntei:

- Para quando é o bebê?
Ela respondeu um pouco constrangida:
- Não estou grávida!

Neste momento, queria ser uma avestruz! Torcia para ouvir aquele som do guichê anunciando o número da minha senha para eu fugir dali apressadamente sem olhar para atrás... Não sabia o que pensar, muito menos o que dizer... Pedi desculpas e o silêncio se fez!

Fui atendida e retornei aos afazeres cotidianos. Mas algo me incomodava... Não conseguia esquecer a gafe!

No dia seguinte retomei as atividades normalmente, mas com uma sensação desagradável, como se tivesse magoado alguém. Ao mesmo tempo tentava me consolar pensando: - não tinha como eu saber, a barriga dela parecia a de uma mulher grávida, não tive culpa!

Após o almoço, tinha marcada uma reunião com uma "possível contratante" para uma prestação de serviços. Cheguei na hora marcada, e quando solicitada entrei para realizar a entrevista. Nada poderia ser pior! A minha "possível contratante" era a mulher que pensei estar grávida devido ao tamanho avantajado de sua barriga!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

REFLEXO

Foto Ana Lúcia Cruz


Incrível como certas pessoas dificultam as coisas e entravam o movimento natural da vida!
Não quero ser parede, quero ser porta sem tranca, ponte... quero facilitar o ir e vir... quero, no mínimo, ser a mão estendida nos momentos de aflição...
Tenho um amigo que diz que “quem não vive pra servir, não serve pra viver”...
Sem discurso meloso de apelo a caridade e a solidariedade, mas reflita um pouco... não seria muito mais fácil se pudéssemos compartilhar as alegrias e tristezas com todos os seres da nossa espécie que dividem o ar que respiramos, o sol que nos aquece e ilumina, a água potável, mesmo escassa, que ainda resta...
Às vezes paro e penso: se eu precisar de alguém durante a madrugada, a quem recorro? Em quem posso confiar? Com quem posso contar?
Existem pessoas com as quais convivo e que jamais poderia contar... pessoas que só pensam em si e no que é seu! Suas necessidades são prioridades, e satisfazê-las é a palavra de ordem.
Que pena! A vida poderia ser bem mais fácil se compartilhada.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Mulher de fases

Foto de Ana Lúcia Cruz em 06/01/2012

Ana Lúcia Cruz


Dizem que somos de fases,
melhor assim...
Vivemos do novo.

TPM

O marido reclamou da mudança temporária do estado de humor dela:
- Você está de TPM, por isso não quero discutir!
E ela responde imediatamente:
- Sorte sua que a minha TPM é uma vez por mês e dura 3 dias! Azar o meu que a sua TPM não termina nunca!
Encerrando a conversa e deixando-o reflexivo.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Livro de Luís Pimentel





LANÇAMENTO NO RIO: DIA 20/12/2011, DAS 19 ÀS 22 HORAS, LIVRARIA DO MUSEU DA REPÚBLICA (Rua do Catete, 153, Estação Catete do Metrô) 




CENAS DE CINEMA


CONTO EM GOTAS 


Luís Pimentel 


ISBN 978-85-89125-17-8 
128 páginas / R$ 25,00 
Formato: 13 x 17 
Edição: Myrrha / Distribuição: Mauad 


(21) 2220.4609 3479.7422



A vida miúda, em sua desconcertante grandeza; o homem em fúria, em êxtase, perdendo-se e encontrando-se nas mesmas curvas incertas; o amor, o ódio, esperanças e incertezas. A matéria-prima dessas histórias é a mais substancial possível: o homem com seus dramas, medos, contemplações.

Contista muitas vezes premiado (Cruz e Souza, Literatura Para Todos e Prêmio Cidade de Belo Horizonte, entre outros), Luís Pimentel volta às narrativas curtas (neste livro, curtíssimas), com histórias eletrizantes.

Vamos ao cinema – Conto em gotas é um livro para estantes e mesas de cabeceira de quem gosta da melhor literatura brasileira. 

"Luís Pimentel escreve contos em que a suprema sofisticação se realiza, muitas vezes, na simplicidade, no desenho despretensioso da vida, em que todo mistério dela cabe numa cena de rua (...) Poucos contistas têm a medida exata do conto. Entre eles, Luís Pimentel". 

ANDRÉ SEFFRIN 

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Nas nuvens

Foto Ana Cruz

Sinto-me mais perto de Deus. Não por estar sobrevoando as nuvens, mas por ter a oportunidade de ver tamanha beleza! Elas sempre me causam espanto e encantamento.

Viver nas nuvens é um misto de viver feliz e desligado, desencanado...



Foto Ana Cruz

Sinto-me mais próxima de mim mesma e de tudo o que represento nesse Universo. Ser mulher, esposa, mãe, profissional, amiga, filha... são partes que me compõem.

Ver a vida através de janelas de possibilidades é vislumbrar um mundo novo a cada instante. Quem diria?

Dizem que os olhos são as janelas da alma.



Foto Ana Cruz

Foto Ana Cruz

Foto Ana Cruz

Terra à vista! Terra à vista!

Meus pés no chão...

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A MATRIARCA

90 ANOS DE VÓ DURVALICE

Todos reunidos para a comemoração de 90 anos da matriarca da família: filhos, filhas, netos, netas, bisnetos, bisnetas, irmãos, irmãs, amigos, parentes e aderentes...
Homenagens e lembranças de uma vida longa e repleta de realizações.
Momentos de encontros e de acertos de contas com o passado. O tempo é cruel para aqueles que passam pela vida como que espectadores... Ninguém foge a vida inteira dos seus laços familiares, sem ter que prestar contas, nem que seja a sua consciência!
Reuniões como esta servem também para isso, prestar contas ao passado pela ausência, pela falta de notícias, pela falta de tempo e de prioridade com os nossos...
É tão bom reencontrar pessoas e sentir que mesmo longe não estamos distantes! Que no reencontro os mais belos sentimentos afloram trazendo uma sensação indescritível!
É tão belo ver os cabelos brancos de uma senhora de 90 anos e o vigor da sua existência! Seus calos, seus traumas, suas decepções e sua glória! Longevidade e qualidade de vida...
Entre todos, alguns se destacam, outros são mais discretos, uns são ambiciosos, outros correm atrás, uns com velocidade, sentido e direção, outros se perderam na obscuridade, na ilusória tentativa de acumular bens, passando por cima da ética, negligenciando a estética e inobservando a moral. Porém, laços afetivos os unem, fazendo-os reconhecer e aceitar os defeitos e as qualidades uns dos outros.
Família é assim! E a nossa não é diferente.
Felicidades a Família Torres! Parabéns Vó, pelos 90 anos muito bem vividos e pelos valores transmitidos a todos através do seu exemplo de fé, de luta e de perseverança.